quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Eletricidade Wireless, fique por dentro desta novidade.

Já imaginou sua casa totalmente sem fios? Fazendo jus ao que se chamar de mundo wireless. Pois bem, está aí! Energia elétrica pelo ar ou Eletricidade Wireless. Usando campos magnéticos em perfeita ressonância, a energia elétrica pode ser fornecida a partir de uma unidade fixada na parede para qualquer dispositivo elétrico da sua sala.
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A idéia é antiga. Cientistas pesquisam há cerca de 200 anos uma forma de transmitir energia elétrica sem utilizar fios. Mas, até então, ninguém chegou ao alcance de aparelhos eletrônicos de médio porte. Nos últimos anos, pelo menos, três empresas têm submetido protótipos de dispositivos para energia sem fio, embora com grandes limitações. Em 2007, uma equipe formada por Marin Soljacic, Aristeidis Karalis e John Joannopoulos do Massachusetts Institute of Technology (MIT) delineou um sistema relativamente simples (para os físicos!) que poderia fornecer energia aos equipamentos aproveitando-se das propriedades de ressonância.
Logo, o segredo da eletricidade wireless está na ressonância. Sim, aquela, exemplificada na taça de champanhe que quebra quando cantor lírico atinge uma nota exatamente igual à freqüência da taça. Fazendo assim, com que a taça através da ressonância “absorva” a frequência, logo a “energia” da voz e se quebre. Seguindo a idéia, a equipe de cientistas MIT usou indução magnética com duas bobinas de cobre (ressonadores eletromagnéticos) com ressonância através de elementos de mesma frequência. Logo, identificaram um ponto no qual os dois ressonadores ficam fortemente acoplados mesmo quando estão a uma distância significativa. Assim, conseguiram alimentar uma lâmpada de 60 watts de uma fonte de energia a mais de 2m. A equipe chamou sua invenção de WiTricity, abreviação de “Wireless Eletricity”.

Os passos em direção a um mundo sem fio

Nikola Tesla:


Por volta do século 19, o físico Nikola Tesla visualizou um futuro em que a energia seria distribuída por estações através feixes elétricos diretamente digiridos para casas e empresas. Ele construiu uma torre de 20 andares transmissão em Long Island, com o objetivo de demonstrar essa proeza, mas se nunca tornou operacional.

Fulton Innovation’s eCoupled:


Como o MIT, a eCoupled usa bobinas emparelhadas para transmitir energia, embora com pouca distância. Há um ano, a eCoupled desenvolve dispositivos preparados com dispositivos de eletricidade sem fio dentro deles, tais como: telefones, PDAs, MP3 players, câmeras e carregadores de laptop. A empresa está agora trabalhando com a Motorola e a Herman Miller para desenvolver equipamentos elétricos para escritório.

Powercast:


No final de 2007, a Powercast, uma companhia da Pensilvânia (EUA), deu um passo comercial anunciando a tecnologia no mercado com baixo custo. Foram vendidos no final do ano passado alguns protótipos movidos por ondas de rádio com um transmissor escondido dentro de objetos domésticos. Porém, ainda, apresentando uma série de limitações, tal como, a capacidade de energia fornecida e a curta distância de transmissão que só poderia ser utilizada por pequenos aparelhos.

MIT Witricity:

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O MIT como já falado demonstrava com a WiTricity, no meio do ano passado, que poderia acender uma lâmpada incandescente com uma razoável distância das bobinas elétricas. “Electricidade [já] está nas nossas paredes”, diz Karalis. “Nós apenas queremos trazê-la de lá para o centro das nossas salas sem fios.” A universidade está em diálogo com empresas interessadas em comercializar a tecnologia.
A solução do MIT é baseada na ressonância associada a ondas eletromagnéticas, com uso de objetos ressonantes acoplados. Notavelmente, eles investigaram uma categoria especial de objetos não-radioativos com longa duração de ressonância que não espalham a energia de ondas rádio ou infravermelho. Quando a energia é aplicada a esses objetos, ele absorve e permanece ligado, o que permite em teoria, assim como uma simples antena de cobre, uma longa vida com ressonância para transferir energia.
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Uma série de perguntas foram feitas aos pesquisadores do MIT sobre a tecnologia. Seguem abaixo as mais interessantes.
O que o WiTricity nos trará de bom?
A WiTricity poderá eliminar esse ninho de fios debaixo de sua mesa. Você deixará de lado aquelas gambiarras que a qualquer momento irão gerar um curto-circuito. E sua casa iria manter seus equipamentos constantemente ligados.
Pode se transmitir energia de uma única bobina para vários dispositivos?
Teoricamente, sim.
As pilhas irão ficar obsoletas?
Não. Itens como laptops, que nós usamos fechados podem não exigir baterias. Mas, aparelhos como câmeras que usamos em viagem ainda precisam delas.
E se o meu cachorro dormir entre a parede e a bobina do meu computador?
“A linha de visão não é necessária”, diz o doutorando da MIT, Aristeidis Karalis, que fez muitos dos cálculos e previsões para o sistema. Mas, devido à eficiência da transferência diminuir com a distância, cada sala terá sua própria distribuição de bobinas.
Mas isso pode dar câncer?
Organismos biológicos interagem tão fracamente com campos magnéticos, a MIT e a equipe acredita que a segurança não será uma preocupação. Ainda assim, serão necessários mais experimentos.
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A NASA está desenvolvendo um elevador espacial utilizando uma forma de alternativa de transmissão de energia com uso de raio laser. Mas, essa não seria, nem de longe, uma boa opção para o uso comercial, senão iríamos ver casas incineradas todos os dias.

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